ESTUDO EUROFOUND | Portugueses são dos que mais dificuldades tiveram no acesso a cuidados de saúde extra Covid
O estudo Living, working and COVID-19 (Update April 2021): Mental health and trust decline across EU as pandemic enters another year, refere que mais de três em cada dez portugueses (34,2%) inquiridos pelo Eurofound, entre fevereiro e março deste ano, não tiveram acesso a um exame médico ou tratamento que necessitavam durante a pandemia. Os dados permitem perceber que Portugal não compara bem neste indicador: Só a Hungria o ultrapassa, com 35,2% e as causas, que são diversas, são mais imputadas aos serviços do que ao receio dos utentes em relação à Covid-19.
O estudo do organismo da União Europeia apresenta ainda dados sobre os impactos da COVID-19 na saúde mental, que apresenta os níveis mais baixos em todas as faixas etárias desde o início da pandemia, ou seja há mais de um ano, especialmente entre os jovens e aqueles que perderam o emprego.
Os resultados mostram também que as desigualdades sociais estão a aumentar devido ao impacto desproporcional da pandemia sobre os grupos mais vulneráveis.
A Convenção Nacional da Saúde considerou importante partilhar a informação sobre este estudo.
A interrupção da atividade assistencial na Saúde e a necessária e urgente retoma nunca deixaram de merecer a atenção da Convenção Nacional da Saúde. Aliás, este é um tema central nas preocupações e iniciativas deste movimento ao longo do último ano.
Mais recentemente, o presidente da Comissão Organizadora da Convenção Nacional da Saúde, teve oportunidade de reiterar a preocupação sobre esta matéria ao afirmar, por ocasião da assinatura da Declaração do Porto – dia 3 de maio, no Palácio da Bolsa – que “a recuperação da atividade assistencial será longa e difícil e um dos grandes desafios da Europa” e que será necessário “colocar todos os intervenientes, público, privado e social, a falar numa só voz”.
A “Declaração do Porto” foi subscrita por 23 associações e instituições privadas da saúde, das áreas da investigação, produção e desenvolvimento, indústria farmacêutica, distribuição farmacêutica, farmácias, indústria de dispositivos médicos, prestadores de ambulatório, hospitais, seguradoras, provedores em áreas essenciais como as tecnologias de informação e comunicação e os equipamentos médicos pesados.
O documento de consenso integra 19 pontos de entendimento sobre o valor da Pessoa e da Saúde e exorta as instituições europeias a contribuir para Sistemas de Saúde mais inclusivos, mais focados nas pessoas e na promoção da saúde, mais resilientes, mais sustentáveis e mais inovadores. A “Declaração do Porto” será remetida ao Parlamento Europeu, ao Conselho da União Europeia e à Comissão Europeia.
Refere a Convenção Nacional da Saúde que, "infelizmente os dados corroboram os nossos piores receios e colocam em evidência a dimensão do desafio".
DECLARAÇÃO DO PORTO: SISTEMAS DE SAÚDE FOCADOS NAS PESSOAS E NOS RESULTADOS
Cluster privado da saúde: parceiro de referência para uma saúde sustentável
Lista de Entidades Signatárias da “DECLARAÇÃO DO PORTO”:
Declaração do Porto – versão portuguesa
Oporto Declaration – english version
- Active Citizenship Network – Rede de Cidadania Ativa
- ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos
- AESGP – Associação da Indústria Europeia de Automedicação
- Altice Portugal, SA
- ANF – Associação Nacional de Farmácias
- APHP – Associação Portuguesa de Hospitalização Privada
- APIFARMA – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica
- APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares
- APORMED – Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos
- CIP – Confederação Empresarial de Portugal
- COCIR – Comissão de Coordenação Europeia da Indústria das Tecnologias da Informação Radiológicas, Eletromédicas e dos Cuidados de Saúde
- EAASM – Aliança Europeia para o Acesso a Medicamentos Seguros
- EBN – Rede Europeia para a Biossegurança
- EFPIA – Federação Europeia da Indústria e Associações Farmacêuticas
- EUMCA – European Medicinal Cannabis Association
- FNS – Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde
- GIRP – Associação Europeia de Distribuidores Grossistas de Produtos Farmacêuticos
- GROQUIFAR – Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos
- Medicines for Europe – Associação de Medicamentos Genéricos e Biossimilares
- MedTech Europe – Associação Europeia da Indústria de Dispositivos Médicos
- PPTA – Plasma Protein Therapeutics Association
- SCIE – Self Care in Europe
- UEHP – União Europeia de Hospitalização Privada
PROGRAMA DA CERIMÓNIA
10:00 | Reunião Plenária do Conselho Estratégico Nacional da Saúde da CIP
10:30 | Sessão de abertura
- Nuno Botelho, Presidente da Associação Comercial do Porto
- João Almeida Lopes, Presidente da Direção da APIFARMA – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica e Presidente do Conselho Estratégico Nacional da Saúde da CIP
10:45 | Apresentação Pública da Declaração do Porto “Sistemas de Saúde focados nas Pessoas e nos Resultados”
Intervenções
- Óscar Gaspar, Presidente da Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP)
- Nathalie Moll, Diretora-Geral da EFPIA – Federação Europeia da Indústria e Associações Farmacêuticas
Comentário
- António de Sousa Pereira, Reitor da Universidade do Porto e Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas
- Fernando Araújo, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto
- Ana Sampaio, Presidente da Direção da Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI)
11:30 | Sessão de Encerramento
- António Saraiva, Presidente da Direção da CIP – Confederação Empresarial de Portugal
- Eurico Castro Alves, Presidente da Comissão Organizadora da Convenção Nacional da Saúde
- João Neves, Secretário de Estado Adjunto e da Economia
Reveja aqui a Cerimónia Pública de apresentação da Declaração do Porto.